... a sua política de submissão à Troika , refinando os meios de esbulho.
Depois de ter tentando aplicar à generalidade das classes médias as medidas de saque, o que mereceu da parte destas uma resposta contundente dada nas ruas em 15 de Setembro, os reformados são de novo o alvo principal, reincidindo na expropriação de duas pensões anuais, apesar do TC ter já ilegalizado anteriormente essa medida (trata-se de um sétimo do seu rendimento-base), Mas fala-se também num novo aumento do IRS ainda em cima disso (custa a acreditar, como é possível tanto desaforo??).
Mas também a generalidade da classe média continua na mira, agora com formas mais dissimuladas de espoliação, como os aumentos no IRS e no IMI, entre outros.
A par disso, prossegue uma parte essencial da política de destruição nacional - a privatização de empresas fundamentais como a TAP e a RTP, lançando entretanto balões de ensaio sobre aquele que é "apenas" o maior banco, desde sempre público, a CGD.
Uma dúvida que se coloca é esta: não tendo Portugal uma situação tão má quanto a pintam os media (convido os leitores a lerem neste blogue as páginas Verdade dos números e Causas da crise), porquê um ataque tão brutal à população e ao país?
A resposta só pode ser encontrada na falta de escrúpulos dos especuladores, do FMI, e dos países "ricos" europeus que, sendo eles mesmos vítimas dos especuladores a partir de Wall Street, acabam descarregando sobre os vizinhos menos abonados os custos da crise.
CATASTROIKA
Oportuno ver com a devida atenção (para curta metragem é longo, mas vale a pena!) um vídeo que descobri recentemente embora tenha já alguns meses: CATASTROIKA.
Trata-se de um filme baseado na tragédia do povo grego, mas que parte mais de trás, da Perestroika russa e das privatizações selvagens que se seguiram - aplicando-se muito do conteúdo, ipsis verbis, a Portugal.
Nele são desmontadas as políticas neoliberais - a entrega do património social aos grupos privados a preços de liquidação - seguidas na Rússia, no Chile, na Argentina, na Alemanha, no Reino Unido, na França, na Grécia - demonstrando-se com clareza que não passam de um mero saque - nada tendo a ver com os pretextados ganhos de eficiência. Pelo contrário, a maior parte das empresas - v.g., as produtoras de energia - não só pioraram com a privatização, como os preços de venda dos respectivos bens e serviços ao público registaram depois dela subidas galopantes.
Algo que perturba e faz alguma confusão é a passividade da maioria das populações ante toda esta destruição. Ainda por cima sendo acompanhada da queda do nível de vida.
Como é possível não reagir, quando se é roubado dum património - material e de direitos - que é de todos e que levou séculos a construir, desde nossos tetravôs até agora?
Só uma profunda alienação mental, realizada ao longo de décadas através dos media altamente manipulados, com ideólogos bem treinados a fazer de "especialistas", ou através das religiões e outras ideologias distratoras dos problemas sociais, a par dum consumismo insano, conjugado com o stress do ciclo vicioso Trabalho e Pluriemprego X Consumo Alienado e Despesista X Mais Trabalho Extenuante, arrastando na debilitação da saúde, inclusive psiquiátrica, boa parte da população.
Só isto explica a fácil manipulação das pessoas, e que elas se movam por interesses imediatistas, sem verdadeiro sentido de pertença a uma comunidade com interesses comuns.
Veja, por favor (clique abaixo) :
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